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null Compartilhando tecnologias: melhoramento genético

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A contínua inovação tecnológica faz parte do DNA Klabin e trabalhamos diariamente para que todo esse movimento seja compartilhado com nossos parceiros. Saiba mais sobre o melhoramento genético de mudas e como ele influencia diretamente para o desenvolvimento de uma floresta de sucesso.
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Compartilhando tecnologias: melhoramento genético

Compartilhar e crescer junto é o nosso lema. Por isso, todos os parceiros do Plante com a Klabin contam com as mesmas técnicas e tecnologias que são utilizadas nas florestas da nossa Companhia, como: monitoramento das áreas via satélite e drones, inovações no controle de pragas, otimização do maquinário florestal e, o assunto de hoje, o melhoramento genético de eucalipto e pínus. Somos referência em muitos aspectos e um deles é o melhoramento florestal. Investimos na inovação e pesquisa para que possamos consolidar juntos, cada vez mais, florestas de alta qualidade. 

Para que toda essa inovação se torna realidade, a Klabin conta com um time de cientistas e pesquisadores que compõem o Centro de Tecnologia e o Centro de Pesquisa Florestal, são nesses centros de pesquisa que se encontram as soluções para o aperfeiçoamento da nossa cadeia produtiva como um todo. E toda essa melhoria começa pelas mudas das nossas árvores! O desenvolvimento da base florestal é essencial e visa o aperfeiçoamento da produtividade, qualidade, eficiência e propriedades da madeira, como densidade e rendimento de fibras. A partir de muitos estudos e testes, nosso time de Pesquisa & Desenvolvimento, responsável pelo Melhoramento Genético de eucalipto e do pínus, conseguem entender quais são as condições ideais para o manejo e desenvolvem, por meio do cruzamento entre espécies, árvores cada vez mais robustas e resistentes. 

 

Melhoramento genético de eucalipto 

Atualmente, 100% do plantio de eucalipto na Klabin e nas propriedades de nossos parceiros são provenientes de clones adaptados à nossa região. Por isso, hoje temos a maior produtividade florestal do Brasil e do mundo! Por aqui, as abelhas têm crachá e carteira assinada. Brincadeiras à parte, nessa etapa do processo, uma pessoa do time é responsável por fazer o trabalho que a abelha faria na natureza, mas de forma controlada. Funciona assim: o pólen (parte masculina) de um clone selecionado é colocado na parte feminina de outra planta (sim, também existe macho x fêmea no mundo das plantas e, no caso do eucalipto, há os dois sexos na mesma flor) para produzir as sementes híbridas e garantir o melhor cruzamento. Esse processo é feito em vasos com plantas enxertadas de eucalipto em florescimento, clique no vídeo a seguir para conferir como funciona esse processo: melhoramento genético eucalipto

Para garantir melhores resultados, também realizamos testes de qualidade, feitos a partir da coleta de amostras de serragem das árvores volumosas. Veja como isso é feito: testes de qualidade 

Depois da coleta no campo, a amostra é levada para o laboratório, no Centro de Tecnologia Klabin, e lá o nosso time analisa as características de qualidade da madeira para a ajudar na seleção dos clones mais produtivos e superiores em celulose. Confira: seleção 

Graças à evolução no processo de melhoramento genético nos últimos anos, a clonagem do eucalipto ficou bem mais fácil. Cortamos as melhores árvores dos experimentos e, quando ocorre a brotação do toco (base do tronco), retiramos os brotos e selecionamos o material genético para a clonagem.  

“Por meio desses estudos, aplicações e cruzamentos, conseguimos um ganho de tempo e produtividade das árvores. Uma única espécie não teria todas as características necessárias para a adaptação às diferentes condições climáticas e de solo das regiões em que atuamos. Com os clones híbridos, conseguimos desenvolver plantas com um desempenho muito superior”, explica Regiane Abjaud Estopa, Pesquisadora e responsável pelo melhoramento genético de eucalipto na Klabin. 

 

Melhoramento genético de pínus 

Assim como no caso do eucalipto, o time de Pesquisa & Desenvolvimento realiza, diversos estudos para ter o melhor material possível para o cruzamento e o desenvolvimento de super famílias de pínus.  

Primeiro os pesquisadores vão até a floresta para analisar as árvores e identificar quais possuem as características desejáveis e se comportam melhor diante das condições ambientais e climáticas, por exemplo. Depois desse processo, retiram amostras para avaliar se aquela madeira pode ter um bom desempenho. Com as árvores selecionadas, o time retira os brotos que serão enxertados e plantados em pomares. A partir daí, as mudas são manejadas para que cresçam e produzam sementes.  

Cada árvore de pínus também possui “flores” femininas e masculinas na mesma árvore, em galhos diferentes. Então, acoplamos envelopes especiais nos galhos para realizar a polinização controlada, aplicando artificialmente o pólen desejado. Desta forma, podemos literalmente controlar quem é o “pai” e quem é a “mãe” da planta para gerar uma árvore robusta, resistente e adaptável às condições existentes.  Clique no link a seguir para ver o vídeo que apresenta um pouco sobre esse processo: melhoramento genético de pínus

Depois de plantadas, levamos as mudas de polinização controlada para o jardim clonal e clonamos as plantas geneticamente melhoradas que demonstraram um bom ciclo na floresta. Isso nos permite multiplicar centenas de vezes a área plantada com famílias altamente produtivas e utilizando uma pequena quantidade de sementes no processo. No vídeo a seguir, a Letícia Miranda, Pesquisadora de Clonagem, explica um pouquinho mais: clonagem 

 

E o que a Klabin e seus parceiros ganham com tudo isso? 

Todos os materiais genéticos (seminais ou clonais) elite, testados e validados, são compartilhados com nossos parceiros do Plante com a Klabin. Esse melhoramento traz diversos benefícios para a consolidação de uma floresta mais produtiva e de maior qualidade, uma vez que são realizados diversos testes para que apenas ao final do ciclo sejam recomendados os melhores materiais genéticos para plantio.  

Após todo esse processo, a semente melhorada é instalada em uma rede de experimentos em campo, na qual é mensurada e avaliada, podendo assim, selecionar, para o plantio seminal (pinus) ou clonal (eucalipto), os de maior volume, melhor resistência a pragas e doenças, melhor qualidade da madeira, bem como clones mais tolerantes a fatores climáticos adversos como geada, por exemplo. De acordo com Regiane Estopa, “o melhoramento genético influencia positivamente os produtores rurais, uma vez que eles poderão produzir muito mais madeira em uma mesma área. Além disso, os novos clones fecham a copa mais rápido, o que contribui para um sombreamento mais ágil e menor crescimento das plantas daninhas, o que reduz os custos de condução da floresta”. A pesquisadora ainda destaca outras vantagens do processo: 

- Florestas mais resistentes, adaptáveis e com menos perdas; 

- Maior aproveitamento da madeira e aumento da produtividade florestal;  

- Sustentabilidade (melhor uso de cada talhão plantado);  Evolução de processos e otimização do tempo;  

- Economia de recursos por hectare. 

“Para a nossa Companhia é muito importante que os parceiros cresçam juntos conosco. Por isso, toda a tecnologia, em termos de material genético e práticas adequadas de manejo silvicultural, sempre serão transferidas com o intuito de que todos produzam florestas de qualidade e com crescimento superior à média nacional”, afirma Regiane

É importante destacar que temos outros times envolvidos nesse processo. A área de Fitossanidade, por exemplo, monitora a resistência desses clones a pragas e doenças. Já a área de Manejo e Ecofisiologia realiza a melhor alocação para plantio desses clones, reduzindo assim os danos por vento, geadas e estresse hídrico. E tem mais: outros estudos feitos a partir de técnicas biotecnológicas estão em desenvolvimento para que, em breve, também possamos usar clones de pínus feitos em laboratório, para aumentar ainda mais a produtividade da Klabin e dos nossos produtores parceiros. 

 

Você sabia? Todos os clones que desenvolvemos internamente são protegidos pelo Ministério da Agricultura (como uma patente) e só a Klabin ou parceiros com a permissão podem usá-los. Legal, né?!