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O cuidado com as pragas desde a fase que antecede o preparo do solo e durante o ciclo de vida de uma floresta são de extrema importância para obter uma floresta de alta performance, ou seja, com o desenvolvimento e produtividade esperada. Já falamos por aqui sobre as medidas que devem ser tomadas no controle das plantas-daninhas para evitar a matocompetição e também sobre a revoada e impacto das formigas cortadeiras. Dessa vez, você vai entender como atuar contra outra pequena invasora que pode causar um grande prejuízo às árvores de pínus, a vespa-da-madeira.
Uma história de sucesso com ações coletivas
Com seu primeiro registro aqui no Brasil em 1988, a vespa-da-madeira (Sirex noctilio) chegou causando grande ameaça aos plantios de pínus do nosso país. Desde seu surgimento, várias organizações uniram forças para atuar contra essa nova inimiga. A defesa agropecuária do Paraná, por exemplo, implementou legislações e treinamentos visando a contenção dessa praga.
Com o passar dos anos, as pesquisas e as leis sobre esse assunto foram evoluindo e se atualizando. “Hoje em dia, temos a portaria adapar 280/2016, que fala sobre as medidas fitossanitárias obrigatórias no estado do Paraná para o monitoramento e controle da vespa-da-madeira em cultivos de pínus com idade acima de 7 anos”, conta Juliana Rodrigues Caldas, Técnica Florestal do Plante com a Klabin.
Mas e a Klabin, como atuou nessa história?
Nos anos 80, desenvolvemos um projeto que dispensava o uso de produtos químicos no processo de combate da praga. Para fortalecer ainda mais a pesquisa desse procedimento, a Companhia se tornou uma das primeiras empresas do setor florestal a fazer parte do Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais – Funcema, atuando em parceria com a Embrapa Florestas e demais instituições no desenvolvimento de estudos para o aperfeiçoamento de técnicas contra essa espécie de inseto-praga.
E essa parceria gerou resultados! Por meio da introdução de sistemas de controle biológico, foi possível constatar a redução da média de mortalidade das árvores de pínus causada pelo inseto, de 60% para menos de 1%. E esse sucesso foi reconhecido! Recentemente, a Embrapa Florestas publicou uma carta agradecendo a Klabin pelas três décadas de parceria e pela contribuição com o desenvolvimento de várias ações técnicas viáveis e sustentáveis de controle a vespa-da-madeira, que foram compartilhadas e são, atualmente, usadas como referência no assunto.
Identificando o problema e resolvendo juntos!
Segundo Mariane Bueno de Camargo, Pesquisadora especialista na área de Fitossanidade Florestal da Klabin, os primeiros sinais da presença do inseto começam a surgir a partir de março, após as revoadas. É nesse período que se deve ficar atento para detectar as invasoras, avaliar o nível de infestação e, se necessário, agir no seu controle a partir de março até o final de julho.
“Um dos métodos para realizar a detecção é implementar, dentre agosto e setembro, árvores armadilhas, e em março fazer a inspeção destes grupos de árvores avaliando se houve ataque da praga”, orienta nossa técnica florestal, Juliana. Assim é possível selecionar as áreas que devem receber as ações necessárias por meio da aplicação de nematoides nas plantas atacadas, produzidos e fornecidos pela Embrapa Florestas. “Esse material de controle biológico injetado no tronco da árvore, ataca a vespa esterilizando-as e diminuindo sua propagação”, completa Mariane.
As pragas não respeitam fronteiras, por isso é dever de cada produtor cuidar de sua floresta e controlar essa invasora. Mas quem tem parceria conosco não está sozinho nessa! “Eles podem contar com o apoio da equipe de assistência técnica do Plante com a Klabin que irá orientá-los acerca das melhores formas de implementar as ações de monitoramento e combate da vespa. Para que o produtor possa ter os mesmos resultados positivos que nós temos por aqui”, relata Juliana.