Asset-Herausgeber

Matocompetição: você sabe qual é a raiz deste problema?

icone

central de notícias

Para garantir que as florestas cresçam com o vigor e a produtividade esperada é importante seguir corretamente com todas as etapas do ciclo florestal. Uma delas é o combate e controle adequado de ervas daninhas (matocompetição).
esquerda direita
Matocompetição: você sabe qual é a raiz deste problema?

Quando falamos sobre as etapas de um ciclo florestal, precisamos entender que antes mesmo de fazer o plantio é importante preparar a área, garantindo que ela esteja limpa e pronta para receber as novas mudinhas. Neste processo o produtor rural deve ficar atento para prevenir e controlar a matocompetição, ou seja, para que a espécie de pínus e/ou eucalipto não precise disputar espaço, luz, água e demais nutrientes com outras plantas daninhas. E para isso, o parceiro florestal pode contar com o auxílio técnico da equipe do Plante com a Klabin, que irá orientá-lo acerca das melhores formas para conduzir esse procedimento e todos as demais ações necessárias para garantir o crescimento da floresta. 

 

Erva daninha aqui não se cria! 

Uma das formas de eliminar as espécies indesejadas é a dissecação, um processo feito por meio da capina química. Nessa atividade são utilizados herbicidas que, depois de aplicados, afetam as plantas daninhas e fazem com que elas morram rapidamente. De acordo com Juliana Rodrigues, técnica florestal, “a aplicação dos combatentes químicos pode ser implementada em dois momentos diferentes, antes e após o plantio”. Veja como funciona cada um deles: 

 

- Controle com pré-emergente (pré e/ou pós-plantios): Essa ação serve para prevenir o surgimento de plantas daninhas. Dependendo da espécie (pínus ou eucaliptos) e do produto a ser utilizado, o procedimento pode ser realizado antes ou após o plantio. “Esse controle aprimora o preparo da terra, liberando espaço para que a muda possa receber sol e nutrientes adequadamente. Também contribui para deixar o solo mais exposto, o que auxilia no melhor entendimento das particularidades daquela área”, comenta Juliana.  

- Controle com pós-emergente (pós-plantios): Essa operação deve ser feita quando já existem plantas daninhas na área que podem prejudicar as mudas. Nesse caso, é preciso identificar corretamente as espécies que se deseja controlar, para utilizar os componentes químicos mais indicados para o seu combate, sem afetar as mudas. “Depois do plantio ainda é necessário continuar tendo certos cuidados nos primeiros anos de vida dessa floresta. Se não houver o controle adequado da matocompetição naquela área, a muda vai disputar com as ervas daninhas resultando em uma menor produtividade”, completa a técnica florestal. 

 

 

Os Herbicidas podem ser aplicados de duas formas diferentes, a manual e a mecanizada. No formato manual, a aplicação dos produtos é feita utilizando um equipamento chamado bomba costal. É muito importante que o produtor rural verifique as funcionalidades da ferramenta, analisando se a vazão ou pressão estão acima ou abaixo do valor estabelecido pelo fabricante. Em caso de inconsistência, o material deve ser descartado! No modelo mecanizado, a operação de controle de plantas daninhas é feita por meio de implementos acoplados a tratores agrícolas, como pulverizadores que contêm o herbicida.  

 

Fique atento! O controle da matocompetição deve ser feito até 20 dias antes ou até 20 dias após o plantio das mudas de pínus. No caso do Eucalipto o prazo é de até 10 dias antes ou até 10 dias após o plantio. 

 

Roçada manual também ajuda 

Além da capina química a roçada manual também pode ser utilizada como opção para controlar a matocompetição de determinada área. O produtor deve utilizar um equipamento para cortar toda a vegetação o mais baixo possível, mas dependendo do tipo de espécie presente no solo ainda é necessário a aplicação de herbicidas.  

Realizar esse processo manual antes da capina química contribui para evitar o efeito de guarda-chuva, que é quando o herbicida atinge apenas as espécies que estão mais no alto e não alcançam as que estão embaixo. Com a vegetação podada, o herbicida consegue penetrar homogeneamente a vegetação daninha e sua efetividade é maior. 

 

Como avaliar a qualidade da aplicação? 

O resultado ideal é controlar ou eliminar 100% da matocompetição. Por isso, entre 20 a 25 dias após a aplicação dos herbicidas, é preciso percorrer toda a área e avaliar se a distribuição do produto foi feita de forma uniforme e se está sendo eficaz.  

Segundo Juliana, as condições climáticas, o tipo do equipamento utilizado, a posição e a força do vento, por exemplo, são fatores que influenciam na etapa de aplicação, podendo gerar um fenômeno chamado deriva. Ele ocorre quando as gotículas do material herbicida se movem no ar, durante ou depois da aplicação, para fora do local destinado e entram em contato com as mudas de pínus e/ou eucalipto. Quando isso acontece, o processo de aplicação deve ser reavaliado para que as mudas não sejam afetadas e a vegetação daninha daquela área seja efetivamente eliminada. 

 

Todo cuidado é pouco! 

Como estamos trabalhando com componentes químicos é muito importante utilizar os equipamentos de proteção adequados para a segurança do trabalhador. “Nossa assistência técnica orienta sobre os equipamentos que devem ser utilizados para cada tipo de procedimento e as formas corretas de realizar a limpeza e descarte dos produtos usados. Temos que ter todo o cuidado e seguir corretamente as normas ambientais, para proteger nosso meio ambiente e a vida humana”, afirma Juliana.  

Os equipamentos e acessórios devem ser utilizados seguindo as recomendações da bula e ficha FISPQ de cada produto . Veja alguns exemplos:  

- Roçada manual: botina de segurança, luvas de couro (raspa), óculos de proteção e outros equipamentos descritos na bula. Lembre-se de que é proibido utilizar fogo para fazer a limpeza de uma área. 

- Capina química: respirador com filtro para vapores orgânicos, óculos de segurança, luvas impermeáveis, conjunto ou macacão hidrorrepelente, botas impermeáveis (PVC), touca do macacão ou boné árabe hidrorrepelente, dentre outros materiais descritos na bula. 

 

Além dos cuidados durante a aplicação, é importante se atentar para o procedimento de lavagem, armazenamento e descarte das embalagens utilizadas, seguindo as recomendações da bula e ficha FISPQ de cada produto. Confira um exemplo de como fazer a tríplice lavagem das embalagens vazias:    

1- Esvazie completamente o conteúdo da embalagem no tanque do pulverizador, mantendo-a na posição vertical durante 30 segundos.  

2- Adicione água limpa à embalagem até ¼ do seu volume. 

3- Tampe bem a embalagem e agite-a por 30 segundos.  

4- Despeje a água de lavagem no tanque pulverizador.   

5- Faça essa operação três vezes.  

6- Inutilize a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo. 

 

Lembre-se! Para manter-se sempre dentro das diretrizes das certificações florestais, é essencial que todos os nossos parceiros cumpram com o armazenamento, uso e descarte correto dos EPIs e demais produtos utilizados para essa atividade. Relembre um pouco mais sobre a importância dos Equipamentos de Proteção Individual na nossa matéria: Segurança em primeiro lugar! 

 

Armazenamento de embalagens 

Após a limpeza, a embalagem deve ser armazenada, com a tampa, em local coberto, ventilado, ao abrigo de chuva e com piso impermeável. As embalagens usadas podem ficar no mesmo local onde estão guardadas as demais embalagens cheias.  

O produtor tem até um ano após a aquisição do produto para devolver a embalagem vazia, com tampa, ao estabelecimento onde ele foi comprado ou no local indicado na nota fiscal.  

E não se esqueça: é importante guardar o comprovante de devolução para efeito de fiscalização pelo prazo mínimo de um ano após a devolução da embalagem vazia.  

 

Conte com a gente! O produtor que faz parte do Plante com a Klabin possui acesso à nossa assistência técnica. Ela existe para informar e auxiliar durante todo o ciclo florestal. Nossa equipe está de prontidão para analisar a propriedade e o tipo de erva daninha presente na sua propriedade. Assim, poderemos indicar quais herbicidas serão mais eficientes em cada situação!