Estudo revolucionário
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Pesquisa da Klabin em parceria com a Embrapa teve início com experimento no mês de agosto
No início de agosto, colocamos em movimento, no município de Figueira (PR), uma pesquisa que poderá comprovar a eficácia do sistema silvipastoril na retirada de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, por meio da Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF). Trata-se de um estudo inédito, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que busca criar novas diretrizes para a certificação da carne baixo carbono, com o apoio de produtores rurais parceiros.
Já falamos sobre o assunto por aqui (leia aqui). Agora, vamos à prática! O experimento está sendo realizado em uma área de 14 hectares, com liderança de duas frentes da Embrapa. Uma delas é responsável por coletar amostras de terra em áreas florestais e de pastagens, enquanto a outra está analisando o mesmo indicador nas raízes. O processo, chamado cubagem, consiste em selecionar algumas árvores e medir seu diâmetro e altura em diversos pontos. Na sequência, é realizada a destocagem e a medição das raízes com diâmetro de até 6 centímetros. O intuito é mensurar a quantidade de carbono estocado, além de quanto tempo ele fica retido nas raízes.
Para Michel Prado, assistente técnico da Klabin, o estudo revolucionará a pecuária limpa. “A iniciativa protege a terra, contribui com o sombreamento dos rebanhos e ainda gera renda extra para o produtor rural. Do lado de cá, estamos aprendendo mais sobre o pasto e o gado, por meio de treinamentos com as equipes parceiras da Embrapa. Tudo para adquirir mais conhecimento sobre o sistema silvipastoril e orientar a implementação da ILPF de modo ainda mais eficaz”, conta.
A primeira etapa foi concluída no final de agosto e, em novembro, as equipes retornam à área experimental para novas avaliações e para conferir se algo mudou. Esse ciclo se repetirá até o terceiro ano do estudo e a expectativa é que, ao longo do segundo ano, já tenhamos resultados para serem publicados.
O estudo é pioneiro no setor agropecuário. Outras empresas já realizaram pesquisas semelhantes, mas é a primeira vez que a madeira poderá ser destinada à produção de papel e celulose, se as hipóteses forem comprovadas.