Milagre? Não, adubo!
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No livro do escritor Maurice Druon, “O Menino do Dedo Verde”, o autor conta como são as pessoas com dom para cuidar de plantas. Mas nem sempre ter “mão boa” para o plantio significa que os resultados serão eficazes, até porque, milagre não é adubo! Para conquistar uma floresta com um resultado satisfatório, é preciso realizar todos os processos do ciclo florestal, incluindo a adubação. Venha com a gente entender melhor sobre essa etapa e os impactos positivos que ela pode exercer sobre o seu cultivo!
Um “fermento” necessário para a floresta!
Quando analisamos nossa área de plantio, é comum encontrarmos a presença de resíduos orgânicos como cascas, folhas e galhos. A decomposição desse material sobre o solo é importante, porém, sozinhos, esses componentes não conseguem fornecer todos os nutrientes para que a floresta se desenvolva com saúde e eficácia. Para garantir um negócio de sucesso, é necessário realizar adequadamente as etapas de adubação, levando em conta aspectos como a espécie da muda e as características do solo.
Segundo James Stahl, pesquisador corporativo responsável pela área de Solos e Manejos na Klabin, a produtividade de uma floresta de pínus ou eucalipto depende de diversos fatores. “Desde a espécie, a muda que é selecionada, o local de plantio até, principalmente, a quantidade de nutrientes oferecidos para a planta”, esclarece.
Geralmente, os plantios florestais são realizados em área de baixa fertilidade natural, o que pode limitar o crescimento das árvores de acordo com seus ciclos. Para adequar a quantidade necessária de nutrientes em cada fase, é preciso recorrer à utilização de adubos. “Após realizarmos um balanço de entrada e saída de nutrientes dentro de um sistema, encontramos a recomendação ideal de fertilização para cada situação. Os dados mostram que a resposta à adubação gera um aumento de 10 a 35% de produtividade de madeira ao final do ciclo. Isso permite que a floresta expresse todo esse potencial produtivo que ela tem”, completa o pesquisador da Klabin.
Confira os principais benefícios desse processo:
- Promove uma complementação nutricional para o solo e para as futuras árvores.
- Contribui para o arranque inicial de crescimento da muda.
- Atende e suporta a expectativa de produção no ciclo.
- Auxilia na manutenção da capacidade produtiva do solo.
A receita para uma boa adubação
Os três tipos de adubação mais comuns m utilizados nos plantios florestais são:
1) Aplicação de calcário ou insumo corretivo: durante o ciclo florestal do eucalipto, é importante fazer uma aplicação de calcário ou insumo corretivo, distribuindo-os em até seis meses antes do plantio. Assim, é possível fornecer cálcio e magnésio para as mudas que logo estarão naquele solo.
2) Adubação de base: após o plantio das mudas, esta etapa de implantação é indispensável para as pequenas plantas, pois fornece um nutriente muito importante para o início do seu crescimento, o fósforo. No caso do eucalipto, a adubação deve ser feita em até 10 dias após o plantio, aplicadas em duas pequenas covas a 15 cm da muda. Para o pínus, máximo de 30 dias após o plantio.
3) Adubação de cobertura: feita na fase de manutenção do plantio. Focada em nutrientes como nitrogênio e potássio, nessa fase o adubo é aplicado sobre o solo na projeção da copa. Essa ação pode ser dividida em duas etapas:
- Adubação de Cobertura 1 (Eucalipto): feita após o pegamento e arranque inicial de crescimento das plantas e do sistema radicular. Fornece nutrientes de maior mobilidade no solo. Aplica-se de 70 a 120 dias após o plantio e altura mínima de 70 cm.
- Adubação de Cobertura 2 (Eucalipto): realizada quando as copas das plantas começam a tocar umas nas outras, visando manter o vigor de crescimento, já com as plantas bem desenvolvidas. Fornece nutrientes de maior mobilidade no solo. Geralmente aplica-se entre 10 e 14 meses após o plantio.
Crescendo juntos, firmes e fortes!
O Plante com a Klabin oferece aos nossos produtores a melhor seleção de materiais genéticos, o que garante maior sucesso no plantio das florestas. Além disso, o programa também disponibiliza as recomendações sobre fertilização complementar durante todos os ciclos florestais. As orientações são gerais e alinhadas aos padrões Klabin, porém, é recomendado ao produtor parceiro que faça um estudo do solo e personalize as etapas de adubação de acordo com a necessidade de sua terra.
A evolução não pode parar!
Na área florestal da Klabin, estamos implantando um novo método de adubação por meio de drones. A aplicação de fertilizantes era feita manualmente, mas agora os terrenos com inclinação superior a 20 graus terão seu processo de adubação de cobertura 100% automatizados. A nova técnica vai garantir, também, atividades em plantações de eucalipto onde tratores não conseguiam ter acesso.
Nossa Companhia é a primeira empresa do setor florestal no Brasil a adotar essa tecnologia para adubação por drone! Além de uma aplicação mais uniforme e uma distribuição mais precisa e homogênea do adubo, a utilização dos drones garante o aumento da área coberta de meio hectare por dia para 2,3 hectares no mesmo período, promovendo ganhos expressivos de produtividade.